segunda-feira, 6 de abril de 2009

das coisas que aprendi...

Engraçado como é batida aquela frase: “as decepções nos ensinam a viver” e de como é verdadeira...
Sempre que alguma coisa te machuca ou até mesmo te contraria, você acaba aprendendo com elas, tudo bem que pode ser que não use e que no outro dia ta lá, fazendo a mesma coisa, mas que aprende, aprende...
Aprendi que sempre tenho que dizer o que eu sinto e carreguei isso como lema, na oitava série eu era louca por um menino da sala ao lado, ele era amigo dos meninos da minha sala e por isso estávamos sempre juntos na mesma turma, adorava a voz dele e a mãos, se expressava bem e quase sempre me olhava, mas euzinha ao invés de chegar e dizer na lata que estava afim dele, fui fazendo cera, trocando olhares, meio que me fazendo de difícil (uma grande idiotice), até que um dia em uma festinha da turma ele chegou com outra menina, abraçados e felizes, fiquei mal...e em uma conversa com ele um tempo depois ele me disse que não sabia que eu era afim dele por isso nunca chegou, ta tudo bem que se ele fosse afim podia ter chegado também, mas de nada adianta ficar contabilizando as coisas que podiam ou não ter acontecido, só sei que aprendi muito dessa vez, quando sinto eu falo, sei que o pior que eu posso ganhar é um não...

Aprendi que pessoas são aquilo que são e não aquilo que projetamos nelas, não aquilo que queremos que elas sejam, tem coisas em um ser humano que não podem ser mudadas, um dia em uma balada conheci um cara super bacana, ele tinha um papo bom e uma pegada maravilhosa, começamos sair, na primeira noite que ficamos ele disse que gostava de cavalos, rodeios, mas nem me atentei aquele detalhe, quando ele chegou em casa pra me pegar me espantei : era um peão que ali me esperava, só faltou o boi bandido (que já se foi dessa terra tadinho), ele estava com uma calça jeans, uma camisa xadrez, uma cinta com uma fivela enorme e uma bota que tinha aquela estrelinha do lado (igual aquela que aparecia no Chapolin quando o Sr. Barriga era xerife, rsrsrs) e é óbvio um chapéu... claro que eu quase perguntei: a gente ta indo pra Barretos? Mas consegui disfarçar... entramos no carro e começamos conversar, notei que ele era muito tudo aquilo que ele usava, era meio rústico e aquilo foi me dando um certo interesse no rapaz, porque na cama homem todo delicadinho não rola, mas tbém tinha o risco dele dizer na hora H: segura peão, kkkkkkkkk, não tive coragem de sugerir a ele um programinha público e fiquei aliviada quando ele chamou pra ir ver um filme, ele tinha uma casa inteira decorada com chifres de touro, medalhas, só faltou aquelas cabeças de cavalo que a gente vê nos filmes, pensei que ele colocaria um filme do tipo: Cavalaria selvagem... mas não, tinha escolhido um filme super bonito, começamos ver e o clima foi ficando bom, esqueci de toda a breguice dele e curti o momento, que foi ótimo... mas com nossa aproximação eu não conseguia esconder o cara dentro de casa sempre, tinha vergonha dos meus amigos verem aquela produção toda, porque sei que iam ser dois anos me zuando, e pedi a ele no telefone que não colocasse aquela beca toda, que ficasse mais simples, como de camiseta branca e calça jeans, que ele ficaria lindo, e com esse comentário eu estraguei tudo, ele ficou super chateado e não quis mais sair, eu sai com os amigos e senti falta dele, acabei indo na casa dele e ele me disse que era daquele jeito e tinha orgulho em ser e que não ia mudar... eu errei, errei em não respeitar o que ele queria pra ele, e isso estraga qualquer começo de relação. Hoje sei que se algo em outra pessoa não te agrada, você não precisa estar com ela, mas se decidir estar, tem que respeitar. (para os curiosos, a gente ainda ficou um tempinho depois disso, mas não era amor).

E que eu consiga continuar aprendendo com minhas cabeçadas! (mas não cabeçada de touro, rsrsrs)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

De como é bom variar...

Quem disse que precisamos na vida gostar das mesmas coisas?
Adoro as séries de TV, CSI (prefiro Miami), Ghost Whispere, Gray´s anatomy, Dr. House, adorava Friends, Justice, Falcon Beach e isso parece ser um gosto meio malhação da Tv globo, mas eu odeio este programa, acho tudo tão fútil, agora tentaram colocar novamente a academia pra ver se ficava legal como quando começou, mas que nada, sempre as mesmas meninas tentando tirar o namorado das outras, o que é obviamente impossível, eles nunca largam as namoradas...
Adoro o CQC e o Pânico, tudo bem que ultimamente o Pânico virou meio uma mostra de bundas e com a saída do Mendigo e Quietinho caiu bastante, mas ainda adoro o Sílvio e o Vesgo, mas não consigo assistir dez minutos do Zorra Total e nem do Casseta e Planeta, não acho a menor graça.
Adoro Nando Reis, Cássia Eller, Renato Russo, gosto porque eles escrevem ou escreviam coisas sobre o que sentimos, aquilo que não consigo falar, eles fazem música... e abominava sertanejo... até que uma amiga implorou, insistiu, rezou, fez promessa pra eu fosse com ela no show de um tal Jorge e Mateus, eu neguei até a morte, mas acabei cedendo, afinal talvez fosse melhor do que ficar em casa, cheguei lá era um povo todo de chapéu, já imaginei algo meio João Mineiro e Marciano (lembrei do meu vô cantando, é minha cara, mudei minha cara, mas por dentro eu não mudo...rs) e pronto!!! Parecia uma mágica, quando os caras cantaram a primeira música eu gostei, achei lindo coisas do tipo: “quando você chegar vai ser perder no meu olhar”, “não para de chover e eu preciso do sol pra sentir seu calor”, (tudo bem que é brega) uns vinte minutos depois estava eu de chapéu também e levantando os bracinhos junto com a tal dupla de sertanejo universitário...isso é maria vai com as outras será? Acho que não, acho que a diversidade é excitante, claro que se eu começar a gostar da Kelly Key e cantar baba baby, baba, vocês me internem, o mesmo vale para o Latino...
Fico a semana toda comendo super pouco, coisas saudáveis, mas não consigo largar o chiclete, este me acompanha onde eu vou e pode ser qualquer um, ping pong, bubaloo, bolin bola, desde que seja macio e sei que faz mal, mas todo dia to eu lá, fazendo inúmeras bolinhas de chiclete e assustando minha sobrinha que não sei porque cargas d´agua morre de medo. Outra contradição...
Não fumo, tudo bem que eu tentei uma vez, porque eu achava tão sexy uma mulher fumando, sentar com as pernas cruzadas, os pezinhos balançando e fumar um cigarrinho, mas eu quase morri, parecia uma tuberculosa com frio... tudo bem que as primeiras vezes costumam não serem boas, mas dessa desisti... mas eu adoro beber, adoro tudo que é porcaria, kkkkk, tipo caipirinha, cerveja, vinho, batidas e adoro inventar, tipo colocar vodka na Schweppes, colocar chocolate derretido no sminorff, claro que os resultados não são bons dentro do meu corpo, nem sempre meu estômago consegue processar tudo e tenho dois tipos de porre, o que me deixa mais feliz ainda, dando risada de tudo, cantando, dançando e o que me deixa triste, deprimida, chorando por amores que nem perdi ainda, rsrsrs, o duro é que antes de beber nunca sei por qual vou ser acometida.
Gosto de romance e acho bonito, mas aquela coisa de Raj e Maia não me convence... não gosto de amores sempre felizes, daquelas histórias que o cara roda, roda o mundo, beija todas as outras mulheres e no meio de uma trepada descobre que a outra é a mulher da sua vida, daí volta pra ela correndo e eles se casam e no final da novela tem sempre filhos gêmeos, claro que é bom ser bem tratada, com carinho, gentileza e cuidado, mas frases do tipo: princesinha, lindinha, fofinha ( o que pra mim é gordinha), paixãozinha, tudo que termina com inha eu abomino... (tudo bem, você que é meu amigo já me viu sendo chamada assim, mas estou cuidando desse assunto, kkkk), gosto de homem mais cachorro mesmo, aquele que me faz ter ódio e amor por ele ao mesmo tempo e entre quatro paredes nunca me confunda com a mãe dele, deixe as gentilezas pra ela.
E olha que eu jurava por Deus, por nossa senhora desatadora dos nós e tudo que é santo, que esse homem não existia!!!!! Mas acho que to revendo meus conceitos...
Eu adoro dirigir, mas quando estou com alguém que gosto de conversar, eu prefiro ir ao lado, porque adoro observar expressões e gestos, o que é impossível quando se está no piloto.
Embora eu seja magra eu odeio academia... eu não consigo andar em uma bicicleta que não sai do lugar e nem ficar correndo com o mesmo objetivo...e por outro lado, adoro me cuidar, passar creme em tudo que é parte do corpo, me peça pra ficar uma semana comendo alface, mas não me peça pra fazer abdominal ...
Um dia encontrei a Vivi (amiga amada) no Pingüim e ela estava sumida das baladas, perguntei o porque e ela disse que estava namorando, e relatou que era pela internet, claro que eu não ia colocar mosca na sopa da menina, mas eu fiquei achando que o Gardenal dela não estava fazendo efeito não.. como assim namorar pela internet? Ficar o dia todo no computador, ai sai dessa vida menina... e hoje to pagando minha língua e fiz questão de ligar pra ela e pedir desculpas, kkkkkkkkkkkk

E viva ser Fernanda Gregório Mattos! E vida as diversidades!

Mas que fique claro que eu queria chamar Sophia. Mesmo que o Neto diga que é nome de mulher da vida (palavras dele) mas e daí? rsrsrs

de como envelhecer...

Resolvi me dar este blog de presente de aniversário, é um espaço pra escrever minhas letras, minhas poesias, meus contos...E comecei no dia do meu aniversário, quem me conhece sabe que não gosto muito desse dia, talvez seja porque nasci no dia da mentira, coisa que eu odeio e não sei conviver bem, peco as vezes porque sou sincera demais (talvez tenha cometido um desses pecados hoje pela manhã), ou talvez porque o verdadeiro sentido de um aniversário começou fazer parte dos meus dias tem pouco tempo e aquela angústia passada ainda marca.Comecei a escrever no 1º ano do colegial, fiquei com uma paixonite aguda pelo meu professor de literatura e decidi ser a melhor aluna pra impressionar a tal figura, me agarrei a tudo que foi livro de poesia, prosa e verso... embora nada tenha adiantado em relação ao professor, aprendi a gostar de ler poesia, me apaixonei por Fernando Pessoa e seus heteronomios, comecei a colocar no papel todas minhas angústias, medos, sonhos e é claro meus desejos, fantasias talvez longe de serem realizadas, mas que preço tem o sonho? o desejo? apenas o de não se realizar.Minha mae sempre me incentivou, ah minha mãe... a pessoa que mais amei e odiei nessa vida, algumas vezes ela me diz que piscou e eu virei mulher, ela me dizia sempre que a mulher tem que ter a magia da escrita, nem que for pra nunca ninguém ler...Hoje deixo pra tráz 25 anos já vividos, se for pensar é ano pra cacete... acho que bem vividos, dei muita risada, dancei muito, tomei vários porres, sofri algumas desilusões, chupei sorvete de creme com calda de caramelo, perdi pessoas especiais pra nunca mais, briguei, falei palavrão, corri na chuva, tive vários cachorros, morei em diversas casas, roubei beijos, provoquei sorrisos, recebi vários nãos, muito deles vindos do meu pai, alguns não que doeram na alma, mas que fizeram uma pessoa melhor... recebi também um "não" temporário, quem sabe....O fato é que bem poucas vezes eu fiquei afundada no quarto chorando, tentava recuperar a alegria perdida em alguma coisa, nem sempre funcionava, mas assim não fiquei parada vendo a vida passar da janela do meu quarto, eu vivi...E o que passou, passou... outro ano recomeça hoje, talvez eu não esteja no lugar que eu queria estar, com a pessoa que eu queria beijar, com a nova tatuagem que o Dadi desenhou pra mim, mas ainda há tempo, há tempo pra correr com o Russo (cachorro) pelos gramados verdes daqui do condomínio, tempo para sair com minha galerinha, fazer fogueira e cantar legião, tempo pra beijar, amar, sonhar, realizar, tempo pra fazer meu pai sorrir quando chego e pulo nele interrompendo sua leitura, tempo pra deixar minha mãe feliz quando faço chapinha nela ou compro um perfume novo, tempo pra teclar com pessoas que me fazem bem, tempo pra deixar de novo meu cabelo crescer, tempo pra colocar novamente o piercing no umbigo, tempo pra pintar meu quarto de azul turquesa, tempo para beber amarula de canudinho...E que venham os outros 65 anos que espero viver... e que eu seja uma velhinha no mínimo gostosinha, e que tenha tatuado no pulso o nome dos dois filhos que vou ter... um dia.